Bê-á-bá do câncer de tireoide
A tireoide é um órgão localizado no pescoço responsável pela produção de substâncias que ajudam todo o organismo a funcionar. Hoje vamos falar sobre o câncer nesta pequena, mas muito importante estrutura.
Existem quatro tipos mais comuns de câncer na tireoide:
– Papilar – 80% dos casos – tumores bem diferenciados e pouco agressivos, podem aparecer como mais de um nódulo de crescimento lento, mas estimulado por iodo;
– Folicular – 10% dos casos – também um tumor bem diferenciado, porém mais comum em regiões de baixa ingesta de iodo;
– Medular – 4 a 5% dos casos – tumor mais agressivo, com tendência de gerar metástases a distância e que pode estar associado a herança familiar;
– Anaplásico – 1 a 2 % dos casos – tumor raro, porém o mais agressivo de todos, com mortalidade em torno de 100%, afeta mais adultos em torno de 60 – 70 anos de idade.
Os fatores de risco para o desenvolvimento de um câncer de tireoide são:
– Idade entre 25 e 65 anos;
– Sexo feminino – três vezes mais comum em mulheres
– Irradiação (na maior parte das vezes por radioterapia) no pescoço;
– Dieta pobre em iodo
– História de doença de tireoide na família;
– Câncer medular de tireoide sozinho ou associado a outros cânceres
– História de gota
– Descendência asiática
Em geral, o câncer de tireoide se apresenta como um nódulo solitário, descrito ao ultrassom como frio (o que significa que o nódulo não funciona como o resto do órgão), endurecido ou fixo e que aumenta de volume. Em geral o nódulo não dói, mas com o passar do tempo pode dar rouquidão, tosse ou dificuldade de deglutição.
Na investigação de um nódulo suspeito da tireoide, após avaliação médica com exame de pescoço, o paciente pode precisar de exames de sangue incluindo os hormônios da tireoide, biópsia por agulha fina e um exame de imagem do pescoço, como ultrassom ou tomografia. No caso de nódulos da tireoide o ultrassom ainda é o exame mais importante, pois além fornecer bons dados de avaliação ele ainda pode guiar a biópsia por agulha fina.
O tratamento deve ser individualizado levando em conta principalmente o tipo de câncer, a idade do paciente e a extensão da doença. Pode se optar por uma única modalidade ou uma combinação de modalidades tratamentos. As opções são:
– Cirurgia;
– Iodoterapia;
– Radioterapia;
– Quimioterapia
Bibliografia:
Autora:
Dra Maria Helena Cruz Rangel Da Silva
CRM mg 49563 RQE 28713
Médica Oncologista Clínica da clinica Oncocentro Bh