Câncer de mama e estilo de vida: mitos e verdades

Câncer de mama e estilo de vida: mitos e verdades

O câncer de mama é uma das doenças mais temidas pelas mulheres e, por isso, existem vários mitos a seu respeito. Esta semana iniciaremos a discussão sobre como o estilo de vida pode influenciar no risco de se desenvolver esta neoplasia. Começaremos pela atividade física, tabagismo e etilismo.

A Sociedade Americana de Medicina Esportiva recomenda 150 minutos de exercício aeróbico de moderada intensidade por semana para melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco de diversas doenças. No caso do câncer de mama este número é um pouco mais alto: são necessários 180 minutos semanais de exercícios moderados para uma redução de cerca de 3% no risco em relação à população sedentária. Parece que este benefício está relacionado, entre outros mecanismos, ao potencial de redução de inflamação da atividade física. No entanto, este benefício só está presente para mulheres que estão com peso adequado. Além disso, mulheres com casos de câncer de mama na família tendem a ter um benefício menor.

Em relação ao tabagismo muito já foi dito. Os dados mais recentes, de trabalhos publicados em 2014 sugerem que quantos mais fuma a mulher maior seu risco de desenvolver a doença, especialmente para mulheres expostas ao tabaco na pré menopausa. No entanto, estatisticamente, estes dados são insuficientes para estabelecer esta associação.

O consumo diário de álcool acima de 10g, ou seja cerca de uma lata de cerveja, está associado a um aumento de até 12% no risco de câncer de mama. Se o consumo inicia antes da primeira gestação ou para aquelas pacientes com casos na família o risco parece ser ainda maior.

Na próxima semana discutiremos o papel da dieta e do peso corporal na prevenção do câncer de mama!

 

Autor:– Dra Maria Helena Rangel

Médica residente do serviço de oncologia Clínica Hospital Felicio Rocho

 

– Dr. Volney Soares Lima
CRM MG 33029 / RQE 15235

Médico Oncologista Clínico do Hospital Felicio Rocho, da clinica Oncocentro BH, da Urológica e do IPSEMG

Membro Titular Sociedade Brasileira Oncologia Clinica

Comments (1)

  1. Atualização:
    Em relação ao tabagismo muito já foi dito e até recentemente não tínhamos como afirmar que existia esta associação. Porém um trabalho publicado 04/2016 mostrou que paciente tabagista, independente se antes ou depois do diagnóstico, têm um risco maior de morrer por câncer de mama que mulheres também com diagnóstico de câncer de mama mas que nunca fumaram. O estudo também mostrou que mulheres que pararam de fumar após o diagnóstico tiveram uma redução no risco de morte por câncer de mama em relação às mulheres que mantiveram o tabagismo.

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