Câncer de vesícula biliar: aspectos gerais

Câncer de vesícula biliar: aspectos gerais

O câncer de vesícula biliar é uma doença rara e agressiva na maioria das vezes. A maioria dos diagnósticos são em pacientes submetidos a colecistectomia (retirada da vesícula) por outro motivo. São encontrados tumor em cerca de 1 a 2% nesses casos. A doença é considerada agressiva devido os sintomas muitos vagos e inespecíficos levando ao diagnóstico em fases mais avançadas da doença, com menor possibilidade de cura.

Os principais fatores de risco para o câncer de vesícula biliar estão relacionados a tudo que pode levar a inflamação crônica do órgão. Pedras na vesícula apresentam risco maior se medidas maiores que 3 cm e se presentes por mais de 40 anos. A vesícula em porcelana, que é um tipo de inflamação crônica da parede da vesícula geralmente secundaria a presença da pedra, também aumenta o risco de desenvolver o câncer. Alguns pólipos da vesícula também são considerados fator de risco. Colangite esclerosante primaria, infecção crônica, cistos congênitos biliares, anomalias anatômicas, medicamentos (metildopa, contraceptivos orais, isoniazida), obesidade, todos são fatores que também podem levar ao desenvolvimento da doença.

Nos estádios iniciais da doença geralmente não se apresentam sintomas. Estão mais relacionados às causas da inflamação do que ao câncer em si. Muitas vezes é diagnosticado por colecistectomia por pedras ou então por exames de imagem do abdome por outros motivos. Quando o câncer de vesícula apresenta sintomas eles geralmente incluem: dor abdominal, perda de apetite, náuseas e vômitos, perda de peso e icterícia (olhos e a pele amarelados).

Os exames de imagem que ajudam no diagnóstico são o ultrassom, ultrassom endoscópico, tomografia, ressonância de abdome e colangiopancreatografia. Para dar o diagnóstico de certeza é necessário a biópsia, que será analisada pelo médico patologista.

O tratamento curativo é através de cirurgia. Pode-se avaliar em cada caso a partir das características e tamanho do tumor a necessidade de quimioterapia e radioterapia após a cirurgia. Se a doença já for avançada sem possibilidade de realizar uma cirurgia adequada, emprega-se somente quimioterapia e radioterapia.

 

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Autora

Dra. Milena Macedo Couto. CRM 57978

Médica residente do serviço de oncologia do Hospital Felicio Rocho

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