Cateter para quimoterapia: como ele funciona?

Cateter para quimoterapia: como ele funciona?

Durante um tratamento com quimioterapia os repetidos exames de sangue e medicações podem fazer com que as veias fiquem cada vez mais sensíveis. Nestes casos a saída é acessar veias mais calibrosas e o cateter totalmente implantado pode ser uma boa maneira de fazer isso.

Um cateter nada mais é que um tubo flexível que é inserido dentro de uma veia. Eles podem ser usados para adminitração de quimioterapia, hemodiálise, administração de drogas em pacientes no CTI, dentre outras utilidades.  Os cateteres específicos para quimioterapia surgiram na década de 80 e são muito usados desde então.

A colocação do cateter deve ser realizada no bloco cirúrgico por cirurgião experiente. O procedimento é simples na maior parte das vezes e não precisa de anestesia geral.

O cateter totalmente implantado é composto por duas partes:

– Um cateter em si, que é implantado dentro de uma veia calibrosa;

– Um reservatório que fica acoplado ao cateter e é colocado por debaixo da pele.

O reservatório  possui uma membrana perfurável que é por onde se acessa o cateter para administrar as medicações. Após limpar a pele sobre o dispositivo, uma enfermeira treinada introduz uma agulha especial no reservatório. Desta forma podem ser administrados quimioterapia, soro, antibióticos e transfusão de sangue, por exemplo.

O cateter implantado representa um conforto para o paciente em tratamento que não precisa de ser submetido a várias tentativas de pegar a veia. Além disso, o cateter possibilita receber medicação em casa, dispensando a internação hospitalar em alguns casos. Outra vantagem é que ele diminui a chance de extravazamento de medicações. No caso da quimioterapia isso é muito importante pois alguns quimioterápicos são chamados vesicantes, ou seja, se eles saírem da veia onde estão sendo administrados podem danificar a pele e tecido onde ele entrou em contato.

Alguns cateteres não podem ser expostos a ressonância pois podem se deslocar durante o procedimento, mas hoje em dia temos opções sem restrição a ressonância magnética.

Bibliografia:

www.uptodate.com

http://www.mercyangiography.co.nz/Procecures/Oncology/Port-A-Cath.htm

 

Autora

Dra Maria Helena Cruz Rangel Da Silva
CRM mg 49563 RQE 28713
Médica Oncologista Clínica da clinica Oncocentro Bh

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