Ganglioneuroma: entenda um pouco
Ganglioneuroma é um tumor benigno muito raro, incluído na família dos tumores de nervos periféricos, que se origina das células do sistema nervoso simpático. Esse sistema nervoso é responsável pelo controle involuntário de vários órgãos e glândulas do nosso organismo. Por exemplo, o sistema nervoso autônomo age dilatando as pupilas e aumento a frequência cardíaca em situações de estresse, independente da nossa vontade.
Os ganglioneuromas são tumores grandes, de crescimento lento, que tendem a ocorrer mais em mulheres jovens (antes dos 20 anos de idade). Eles geralmente surgem no mediastino, retroperitônio e glândulas adrenais. Na maioria das vezes são tumores assintomáticos, detectados ocasionalmente como massas em exames de imagem como ultrassom ou tomografia de abdome. Os sintomas estão relacionados com a localização e o tamanho do tumor e ocorrem por compressão de órgãos vizinhos, podendo causar principalmente dor.
É importante diferenciar os ganglioneuromas de tumores malignos. A progressão dos sintomas é importante, pois a maioria dos tumores benignos tem uma taxa de progressão lenta, enquanto os tumores malignos tendem a progredir rapidamente em tamanho, quantidade de dor e déficit neurológico. Qualquer massa que altere seu caráter clínico deve ser levada a sério, pois essa é uma das poucas pistas clínicas para sua natureza potencialmente maligna.
O tratamento preferencial para esse tipo de tumor benigno é sua remoção cirúrgica, embora tumores muito grandes possam estar aderidos a órgãos próximos e vasos sanguíneos, não sendo possível sua retirada total.
Uma boa notícia é que mesmo quando a remoção completa do tumor não é possível, o glanglioneuroma apresenta prognóstico excelente, pois na maioria das vezes o tumor permanece estável sem causar sintomas graves ao longo da vida dos pacientes.
Referência:
–wjso.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12957-016-0953-y
Autora
Dra Ana Carolina Barbosa CRM MG 54625
Médica residente de Oncologia clínica do Hospital Felicio Rocho