Linfoma folicular: entenda um pouco

Linfoma folicular: entenda um pouco

O linfoma folicular é o segundo tipo mais comum de linfoma não Hodgkin. É o linfoma indolente mais frequente. Os pacientes normalmente apresentam crescimento de gânglios na região do pescoço, axilas e região inguinal. Por esse motivo é que a maioria procura o médico. Hoje vamos conversar um pouco sobre essa doença que traz muitas dúvidas para pacientes e familiares.

Os linfomas são um grupo heterogêneo de doenças. De um lado estão os linfomas de alto grau. Muito agressivos e de crescimento rápido. Exigem tratamento imediato. Do outro lado estão os linfomas indolentes, cujo crescimento é mais lento e em alguns casos o paciente não precisa ser imediatamente tratado. O linfoma folicular na maior parte dos casos se comporta como uma doença indolente.

Afeta principalmente os indivíduos brancos e não existe predileção por sexo. A média de idade ao diagnóstico é de 65 anos. É raro na infância e em adultos jovens.

A causa do linfoma folicular não é determinada com exatidão. Sabe-se que 85% dos pacientes apresentam uma translocação cromossômica T(14:18). Isso provoca uma super expressão do BCL2. Ocorre então um defeito na morte celular programada.

Normalmente o crescimento dos gânglios (popularmente chamado de ínguas) é indolor. Os gânglios podem inclusive diminuir espontaneamente, mas depois voltam a crescer. Cerca de um quinto dos pacientes podem apresentar febre, emagrecimento e sudorese noturna. Pode haver também envolvimento de outros órgãos como o baço, fígado, rins e medula óssea. Isso não é incomum.

Os principais fatores prognósticos são os seguintes:

– Idade maior 60 anos

– Envolvimento de várias regiões nodais.

– Anemia (Nível de hemoglobina menor que 12 g/dl)

– Doença estadiada como III ou IV

– Elevação do LDH (um tipo de exame de sangue).

Os pacientes com diagnóstico de linfoma folicular normalmente tem sobrevida longa. Os pacientes que se apresentam com poucos sintomas e com baixa carga tumoral podem ser somente observados e terem seu tratamento protelado.

Os que se apresentam com doença localizada são tratados com radioterapia. Aqueles que se apresentam com doença em fases mais disseminadas, normalmente são tratados com a combinação de quimioterapia e um anticorpo monoclonal chamado, rituximab.

 

REF: https://www.uptodate.com/home

Autor

Dr. Volney Soares Lima
CRM MG 33029 / RQE 15235

Médico Oncologista Clínico do Hospital Felicio Rocho, da clinica Oncocentro BH

Membro Titular Sociedade Brasileira Oncologia Clinica

 

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