O sexo depois do câncer
O câncer e seu tratamento podem afetar a vida sexual do paciente. As novas formas do corpo feminino após mastectomia, a impotência sexual e as alterações na vagina (secura e perda de elasticidade) são alguns exemplos físicos disso.
Existe também um impacto psicológico no paciente após a doença. Pacientes e seus parceiros podem ter dificuldade em retomar a vida sexual e a intimidade mesmo com doenças que não afetam diretamente os órgãos sexuais.
O diálogo aberto do casal é a melhor maneira de se superar este momento, e, em alguns casos, iniciar uma relação ainda melhor. Descobrir a intimidade e o prazer através de beijos, abraços, carinhos, tempo junto de qualidade ou até mesmo simplesmente andar de mãos dadas pode ser o primeiro passo.
Casais que estabelecem diálogo sobre sexo sem medo, sem vergonhas e sem recriminações conseguem se abrir para novas maneiras de sentir prazer quando a relação sexual tradicional não é possível.
O cuidado do parceiro durante a doença e sua aceitação das novas formas corporais do paciente são também muito importantes para garantir autoestima para o paciente. O sexo durante o tratamento pode ser um momento de prazer, onde o paciente perceba que sua vida não é só sobre o câncer.
O oncologista assistente pode ser outro aliado da redescoberta do prazer: ele pode tirar dúvidas do casal, dividir angústias e ajudar a superar o medo.
Bibliografia:
1 – Renegotiating Sex and Intimacy After Cancer. Cancer Nursing. 2013;36 (6): 454-462
Autor:
– Dra Maria Helena Rangel Médica residente do serviço de oncologia Clínica Hospital Felicio Rocho – Dr. Volney Soares Lima Médico Oncologista Clínico do Hospital Felicio Rocho, da clinica Oncocentro BH, da Urológica e do IPSEMG Membro Titular Sociedade Brasileira Oncologia Clinica |