Trastuzumabe para câncer de mama metastático será incorporado ao SUS
Publicado na quinta-feira, dia 03 de agosto de 2017, pela Portaria nº 29 do ministério da saúde a incorporação do Trastuzumabe para tratamento de câncer de mama metastático HER-2 positivo na primeira linha de tratamento. O prazo máximo para efetivar a oferta ao SUS é de 180 dias. Esse tratamento vem sendo negado aos pacientes há 2 décadas, sendo necessário entrar na justiça para adquiri-lo. Essa foi uma iniciativa da sociedade brasileira de oncologia clínica ( SBOC)
Explicando de uma forma simples e didática, o câncer de mama pode ser dividido naqueles que expressam receptores hormonais e expressam a proteína HER-2 em suas células. Essas expressões ocorrem nas mais diversas formas e graus de intensidade, podendo ser associadas, isoladas ou até mesmo ausentes. No caso da doença HER-2 positivo confere um pior prognóstico por se tratar de uma doença agressiva. O Trastuzumabe é um anticorpo monoclonal que se liga ao receptor HER-2 impedindo a replicação celular do tumor. A medicação foi um marco na oncologia, mudando a história natural da doença.clique aqui
No Sistema Único de Saúde a medicação era liberada apenas para adjuvância, ou seja, para pacientes que já haviam sido operadas e que não apresentavam doença em outros órgãos (metastática). No caso de doença metastática até os dias hoje, para aquisição da droga era necessário a solicitação via judicial, gerando atrasos no tratamento e muitas vezes nem assim era disponibilizado. O trastuzumabe está entre os medicamentos mais judicializados do país.
É uma notícia de muita alegria para todos os envolvidos na luta contra o câncer de mama.
http://www.sboc.org.br/noticias/item/1000-ministerio-atende-reivindicacao-da-sboc-e-incorpora-trastuzumabe-ao-sus
Autores
Dra. Milena Macedo Couto. CRM 57978
Médica residente do serviço de oncologia do Hospital Felicio Rocho
Autor
Dr. Volney Soares Lima
CRM MG 33029 / RQE 15235
Médico Oncologista Clínico do Hospital Felicio Rocho e da clinica Oncocentro BH
Membro Titular Sociedade Brasileira Oncologia Clinica