Câncer de pulmão: nova medicação

Câncer de pulmão: nova medicação

O câncer de pulmão é uma doença fortemente associada ao cigarro. Na maioria das vezes, silenciosa, sendo diagnosticada em fases avançadas. É considerada uma doença agressiva, sendo a principal causa de morte entre os todos os tipos de câncer. Recentemente foi publicado no nosso site(clique aqui) novidades animadoras no tratamento do câncer de pulmão avançado do subtipo não pequenas células. A imunoterapia com a nova medicação Pembrolizumab mostrou ser eficaz!

Além do grande ganho em sobrevida, novos dados apresentados na 17ª Conferência Mundial de Câncer de Pulmão, mostram que houve também ganho em qualidade de vida em comparação com quimioterapia. Esses achados vieram do mesmo estudo previamente citado no site, o KEY-NOTE 024. Lembrando que esse estudo continha 305 pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (um subtipo identificado pela biópsia), que ainda não haviam sido submetidos a tratamento e que expressasse PDL-1 em nível maior ou igual a 50%. Eles então receberam quimioterapia ou pembrolizumab. Quem recebeu a imunoterapia, ficou quase 4 meses com doença controlada a mais que aqueles tratados com quimioterapia. Também foi observado maior sobrevida global nos pacientes que receberam o pembrolizumab.

E como foi avaliada a qualidade de vida? Os pacientes preenchiam questionários a respeito de tosse, dor no peito e falta de ar. Foram questionados no início do tratamento e a cada 9 semanas. Os pacientes que receberam pembrolizumab apresentaram grande melhora dos sintomas em relação aos que receberam a quimioterapia.

Esses dados vieram reforçar que a imunoterapia está mudando a forma de tratar o câncer de pulmão, nesse subgrupo de pacientes. Muito se questiona em oncologia qual o benefício em receber medicações que aumentam o tempo de vida porém sem trazer ganhos em qualidade de vida. Nesse caso, a imunoterapia mostrou ser melhor tolerada e ter menos efeitos colaterais que a quimioterapia tradicional.Os pacientes poderão viver mais. com menos sintomas da doença, ou seja, com melhor qualidade de vida, algo que é tão almejado pelo paciente e suas famílias.

Autora

Dra. Milena Macedo Couto. CRM 57978

Médica residente do serviço de oncologia do Hospital Felicio Rocho

http://www.medscape.com/viewarticle/873079

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