Fadiga pós câncer de mama? Acupuntura nelas!

Fadiga pós câncer de mama? Acupuntura nelas!

Mais um uso da acupuntura para mulheres pós câncer de mama comprovado! Já falamos aqui no site que a acupuntura ajuda a melhorar os fogachos, aquelas ondas de calor típicas da menopausa, em mulheres em uso de manipulação hormonal para tratamento do câncer de mama. Agora uma nova pesquisa dá lugar de destaque à acupuntura também no tratamento da fadiga pós tratamento.

Até hoje, não tinhamos muitas opções eficientes para tratar a fadiga, um  efeito colateral comum dos tratamentos empregados no câncer de mama. Agora podemos contar com a acupuntura: um grupo de pesquisadores da universidade de Michigan reuniu mulheres tratadas de câncer de mama e que sentiam fadiga após o tratamento e compararam os tratamentos tradicionais para a fadiga.

Foram recrutadas mulheres entre março de 2011 e outubro de 2014 e divididas em três grupos:

1-Mulheres submetidas ao tratamento usual de fadiga;

2-Mulheres tratadas com acupuntura relaxante;

3-Mulheres tratadas com acupuntura estimulante.

O interessante é que, quando o tratamento incluia a acupuntura, quem fazia a aplicação das agulhas foram as próprias pacientes, após serem devidamente orientadas. O tratamento tinha duração de 6 semanas.

Eram avaliadas a melhora na fadiga, sono e qualidade de vida na sexta semana e quatro semanas após o termino do tratamento. Os resultados foram muito interessantes:

– Na semana 6 as pacientes tratadas com acupuntura tiveram uma melhora da fadiga muito maior que o grupo do tratamento usual, com a acupuntura relaxante atingindo mais de o dobro da melhora que o tratamento usual;

– Na semana 10 o grupo de pacientes da acupuntura estimulante manteve uma melhora de 60,9% na fadiga. O grupo da acupuntura relaxante teve uma queda de 66,2% na sexta semana para 56,3% de melhora na décima semana. Os piores resultados ainda foram do tratamento usual com apenas 30% de melhora da fadiga.

– A acupuntura relaxante foi a única que mostrou melhora do sono na semana 6, porém a melhora não foi mantida na semana 10. Além disso, este grupo foi o único que apresentou melhora em qualidade de vida tanto na semana 6 quanto na semana 10.

Bibliografia:

http://oncology.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=2532352&utm_source=fbpage&utm_medium=social_jn&utm_term=512775841&utm_content=content_engagement%7carticle_engagement&utm_campaign=article_alert&linkid=26376140

Autores:

Dra Maria Helena Cruz Rangel Da Silva
CRM mg 49563 RQE 28713
Médica Oncologista Clínica

Dr. Volney Soares Lima
CRM MG 33029 / RQE 15235
Médico Oncologista Clínico do Hospital Felicio Rocho, da clinica Oncocentro BH e do IPSEMG
Membro Titular Sociedade Brasileira Oncologia Clinica

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